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ROQUETTE-PINTO – O CORPO A CORPO COM O BRASIL

Autor: Claudio Bojunga

Editora: Casa da Palavra

“Muitas linhas se compuseram no desenho da figura de Roquette-Pinto, mas o seu traço principal e individualizador está para ser identificado: seria o do mestre ou do feiticeiro?”. Assim o poeta Carlos Drummond de Andrade traduziu a magia de Edgard Roquette-Pinto (1884-1954), em texto publicado no jornal Correio da Manhã dois dias depois da morte do personagem objeto de sua crônica. Para Drummond, tratava-se de “um professor de imaginação, posta a serviço de utilidades e estudos diversos”.

O traço unificado de um personagem de múltiplas facetas emerge no livro Roquette-Pinto – o corpo a corpo com o Brasil, do jornalista Claudio Bojunga. Neto do biografado, o autor dedicou três anos à pesquisa do médico, antropólogo, etnólogo, radialista, ensaísta e poeta.

Com documentos inéditos, a obra foi lançada pela Casa da Palavra no dia 22 de março, na Travessa do Shopping Leblon, num bate-papo com o autor seguido de sessão de autógrafos.


O livro tem patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e da Ecology Brasil.

Segundo o autor, a trajetória de Roquette-Pinto se divide em duas vertentes que não seguem a ordem cronológica: a primeira é a do médico, do pesquisador, do antropólogo e naturalista, do cientista humanista e positivista não ortodoxo, do socialista democrático e nacionalista. A segunda vertente da vida dele é definida por Bojunga como de “democratização dos saberes”: a educação do povo, a divulgação da ciência, a popularização da cultura, a disseminação do civismo e do amor ao país. Primeiro como professor, depois com o rádio e o cinema, Roquette-Pinto atuou na divulgação e na massificação do conhecimento por meio das novas tecnologias surgidas a partir dos anos 1920.

Tornou-se assim o pioneiro do rádio no Brasil – ele criou e dirigiu a Rádio Sociedade, fundada em 1922, atual Rádio MEC. Com a rádio e com o cinema, passou a se dedicar durante anos a provar que a miscigenação racial da população brasileira não era negativa, pensamento recorrente na comunidade científica defendia da época.


O AUTOR

Claudio Bojunga é jornalista, escritor e professor da PUC Rio. Formou-se em Direito e estudou Política Internacional no Instituto de Estudos Políticos de Paris. Trabalhou como repórter, redator, crítico e correspondente internacional. Foi editor especial da revista Veja, diretor de jornalismo da TVE e editorial do Jornal do Brasil. Escreveu o texto do filme Os anos JK, de Silvio Tendler, realizou documentários e séries para TV. É autor de JK - O artista do impossível, prêmio Jabuti de 2002.



Informações da Assessoria de Imprensa